Integrada no ciclo Do Deserto de Notícias à Floresta da Memória, e para assinalar os 200 anos da independência do Brasil, está sendo inaugurada hoje, em Portugal, a exposição Jornais Centenários do Brasil e de Portugal: Um legado Cultural.
A mostra ocupa o Paço dos Henriques, nas Alcáçovas, no Alentejo, com curadoria de João Palmeiro e Múcio Aguiar. A exposição, que reúne dois séculos de história e 55 jornais portugueses e brasileiros publicados continuamente há mais de cem anos, é uma viagem no tempo pelos principais acontecimentos que tiveram lugar dos dois lados do atlântico.
A mostra revela, ainda, retratos fotográficos de 22 personalidades do mundo da cultura e do jornalismo, mas também a importância do tratado de Alcáçovas, assinado a 4 de setembro de 1479. Junto com o Diario de Pernambuco, fundado a 7 de novembro de 1825, e o jornal mais antigo de língua portuguesa, O Açoriano, fundado a 18 de abril de 1835, em São Miguel, nos Açores, o mais antigo jornal em circulação em Portugal.
A mostra resulta de parceria entre a Câmara Municipal de Viana, a Junta de Freguesia de Alcáçovas, a Associação Portuguesa de Imprensa e a Associação da Imprensa de Pernambuco.
Para o presidente da Associação Portuguesa de Imprensa e curador da mostra, João Palmeiro, “esta é uma réplica atualizada de uma exposição que, desde 2019, percorre o Brasil. Já passou por Recife e por São Luís do Maranhão, por exemplo”.
Língua portuguesa
Palmeira reforça que “esta mostra dá a conhecer 57 publicações centenárias de Portugal e do Brasil que usam a língua portuguesa como forma de comunicação, sendo 19 brasileiras e 38 lusitanas”.
A organização da exposição programou para as 16h30 de hoje uma “sessão evocativa” dos jornais centenários portugueses e brasileiros. A sessão vai contar com a presença do presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Luis Miguel Duarte, do presidente da Associação Portuguesa de Imprensa, João Palmeiro, do presidente da Associação da Imprensa de Pernambuco, Múcio Aguiar, e do embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro Silva.